Uma noite inesquecível dedicada ao samba-jazz!
A edição de 8 de novembro da JAM no MAM, dedicada ao samba-jazz, fez do pôr do sol no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) um espetáculo de balanço, improviso e liberdade criativa — e trazemos fatos e fotos para provar:

O Quintetrio abriu a noite com balanço e virtuosismo
O palco da Praça Maestro Letieres Leite se iluminou primeiro com o som contagiante do Quintetrio, grupo baiano que encarna com maestria o espírito do samba-jazz. Em arranjos inspirados e cheios de groove, o grupo prestou um tributo emocionante ao lendário baterista Edison Machado, revisitando faixas do disco “É Samba Novo”, como “Aboio”, “Se Você Disser que Sim” e “Só por Amor”.
Formado por André Becker, Bruno Duarte, Fernando Miranda, Giroux Wanziler, Hélio Góes, Ivan Huol, Luizinho Assis e Rowney Scott, o Quintetrio apresentou uma sonoridade refinada e ao mesmo tempo calorosa, que levou o público a mergulhar nas nuances entre o samba e o jazz.

Um repertório essencialmente brasileiro e baiano
O repertório da noite foi uma viagem pela diversidade e sofisticação da música brasileira — e baiana. Entre improvisos e diálogos entre sopros e percussões, ecoaram clássicos como “Coisa nº1” e “Nanã” (de Moacir Santos), “Solo” e “Quintessência” (de J.T. Meirelles), “Você” (de Rildo Hora e Clóvis Mello) e “Dora” (de Dorival Caymmi).

A conexão com Minas também esteve presente em momentos de pura emoção, como a homenagem a Lô Borges, com “O Trem Azul” (Borges e Ronaldo Bastos), e “Canção do Sal”, de Milton Nascimento. Já a vertente baiana ganhou força em composições de artistas locais, como “Donatiando”, de Ivan Huol, e “Patinete Rami Rami”, de Letieres Leite — esta última, encerrando a noite em apoteose. No meio do caminho, brilhou ainda “Bananeira”, de João Donato, e “Bala com Bala”, parceria de Aldir Blanc e João Bosco, reafirmando o caráter múltiplo e essencialmente brasileiro da JAM.
A Geleia Solar e a alquimia do improviso
Após a primeira hora de apresentação, a anfitriã Geleia Solar assumiu o palco e transformou o MAM em um verdadeiro laboratório sonoro. O grupo conduziu improvisos coletivos que uniram músicos convidados, revelando o que há de mais espontâneo e democrático na JAM: a liberdade de criar a partir do que surge no instante, com o público como testemunha e cúmplice. Cada solo, cada variação rítmica e cada harmonia parecia reafirmar o papel da JAM como ponte entre tradição e vanguarda.

Para quem acompanhou de casa, a transmissão ao vivo dirigida por João Tatu levou o clima da JAM ao YouTube, ampliando o alcance da música e da experiência. Já para quem esteve presente, a noite foi marcada por sorrisos, aplausos e aquele tipo raro de energia que só a música ao vivo — especialmente a feita na JAM no MAM — é capaz de gerar.
E para reviver tudo isso, uma galeria de fotos de Lígia Rizério (abaixo) registra com sensibilidade a alegria de artistas no palco, a beleza do público e a vibração de um encontro que celebra o melhor da música brasileira.

Um projeto que faz da música um encontro permanente
A JAM no MAM é uma produção da Huol Criações. A Temporada JAM e Petrobras 2025 tem patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com apoio institucional do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA).
Nosso próximo encontro? Será no dia 29 de novembro, com a edição “JAM no MAM Ouro Negro”, em homenagem à obra de Moacir Santos. Os ingressos começam a ser vendidos na plataforma Ingresse a partir do dia 15 de novembro (sábado), às 9h.