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Arte da JAM no MAM Arte da JAM no MAM

Sofia Federico fala sobre o programa Jazz na Madrugada


O programa Jazz na Madrugada estreia no próximo dia 29 de março, exibindo as sessões musicais realizadas na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia. Desejado há muitos anos pela equipe que faz as jam sessions todos os sábados, ele será veiculado na TVE toda sexta-feira, a partir da meia-noite, com reapresentação aos sábados, no mesmo horário.  Já na 107.5 – Educadora FM será veiculada uma versão compacta das apresentações, com 1h de duração, também nas sextas e sábados, à meia-noite.

O programa tem direção de Sofia Federico e Marcos Povoas, e direção de fotografia de Paulo Alcântara, que, juntos, coordenam uma experiente equipe para registrar os detalhes que fazem a diferença do projeto. Nessa entrevista, Sofia nos fala um pouco sobre todo esse processo, explicando o que vem sendo registrado para o Jazz na Madrugada.

Como você definiria o conceito do programa?
O programa é, nada mais, nada menos, do que o registro do que ocorre todos os sábados no palco da JAM no MAM. O foco é a cena onde músicos de distintos estilos, idades e origens se encontram para tocar e se divertir. As sessões de jazz lideradas por Ivan Huol ocorrem há 13 anos em Salvador e seguem um ritual, próprio de uma jam session, onde os temas - escolhidos na hora pelos músicos ali reunidos – são executados e, após a apresentação de cada tema, dá-se início a uma rodada de improvisos. Nossa missão é registrar isso da maneira mais bela possível, destacando a atuação de cada músico.

A essência da JAM no MAM e o clima que o público sente ao frequentar o MAM serão mantidos?

Não há como não manter a essência. A JAM no MAM não tem ensaio, não tem roteiro nem lista de repertório. As coisas acontecem na hora e estamos a postos para registrar isso. Sabemos que a experiência de estar fisicamente presente numa sessão JAM no MAM é imbatível. Ali vivemos a beleza daquele espaço - patrimônio tombado pelo IPHAN - compartilhamos o pôr-do-sol com pessoas as mais diferentes possíveis, curtimos a música a beira-mar. O que estamos fazendo com o programa é levar um pouco dessa vivência das sessões de jazz para a tela da TV e, em parte, para a internet, concentrando nosso olhar na música.

Que aspectos da JAM serão priorizados no Jazz na Madrugada?

A música e os músicos ocupam o primeiro plano no programa. Para nós, é prioridade mostrar isso.

Serão feitas entrevistas para o programa?

Neste momento inicial, não.

Quem é quem na equipe que está produzindo Jazz na Madrugada?
A direção é conjunta: Marcos Povoas e eu. Nossa equipe é formada ainda por Paulo Alcântara, na direção de fotografia, Carol Tanajura no cenário, Caji no som, Karol Azevedo como assistente de câmera e quatro jovens cinegrafistas: Thyago Bezerra, Cristiana Fernandes, Jefter Rodrigues e Antônio Carvalho.  As assistentes de produção são Fernanda Oliveira e Bianca Lessa.

Quantas câmeras estão sendo utilizadas?

São quatro câmeras.

Pra você, qual a importância do surgimento do Jazz na Madrugada?
Esse programa é de fundamental importância e a TVE Bahia revela visão ao abrir a sua grade de programação para esse novo programa, mostrando seu interesse pela cena jazzística de Salvador, que durante muito tempo esteve relegada ao bastidor, como um movimento de resistência. Com o Jazz na Madrugada, a TVE vai ampliar a visibilidade das sessões da JAM no MAM, que há 13 anos vem cumprindo uma função das mais importantes na Bahia, ao difundir o jazz para um público diverso. O Jazz na Madrugada, além de ampliar a difusão desse estilo de se fazer música para o território baiano e para o mundo, via internet, vai servir como memória de toda uma geração de músicos baianos talentosíssimos que partilham o palco a cada sábado com outros tantos músicos de diferentes lugares do Brasil e do mundo.

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