Uma noite para ficar na história da JAM e da música baiana
O pôr do sol na JAM no MAM do último sábado, 9 de agosto, foi testemunha de um daqueles momentos raros, em que história, afeto e música se entrelaçam para entrar na memória. A antiga Praça do Pôr do Sol, espaço de incontáveis encontros sonoros da JAM, ganhou um novo nome e, com ele, uma nova camada de significado: Praça Maestro Letieres dos Santos Leite.
A cerimônia, aberta ao público, foi uma reverência a um dos maiores arquitetos sonoros da Bahia – e grande amigo da JAM. Familiares e admiradores de Letieres Leite se uniram a artistas e autoridades para celebrar a memória daquele que projetou para o mundo a pulsação da música afro-baiana.
Ao lado de sua mãe, Maria do Carmo, e de sua irmã, Líris, a emoção tomou conta de todo mundo até o final da noite, que começou com a inauguração da placa com o novo nome da Praça. A homenagem foi instituída pela Lei 14.691/2024, de autoria da deputada estadual Olívia Santana, que estava presente à JAM, acompanhada da presidenta da Funarte, Maria Marighella, da produtora da JAM, Cacilda Póvoas, do diretor artístico da JAM, Ivan Huol, do secretário de Cultura, Bruno Monteiro, do diretor-geral do IPAC, Marcelo Lemos, da diretora do MAM, Marília Gil, e do Diretor do Museu de Arte Contemporânea, Daniel Rangel, entre outros representantes da cena cultural baiana.
O clima de celebração seguiu para o palco, onde a Orkestra Rumpilezz — criação mais célebre de Letieres — surgiu em formação de 18 músicos, reafirmando a fusão emocionante entre percussão afro-baiana e jazz contemporâneo. O repertório trouxe composições originais e releituras, e deixou nítido que a chama criativa do maestro segue inspirando antigas e novas gerações de artistas.
E como a JAM no MAM sabe fazer com maesrtia, a noite se abriu para encontros imprevisíveis. A Geleia Solar, anfitriã do projeto, recebeu artistas de diferentes cantos do Brasil e do mundo.
Entre eles, o saxofonista norte-americano Walter Blanding, figura de destaque no jazz internacional e membro da renomada Jazz at Lincoln Center Orchestra, que trouxe ao palco uma sonoridade sofisticada. Em Salvador a convite da Associação Viração e da Casa Rosa, Blanding já havia dividido o palco com a Geleia Solar na noite anterior, e repetiu o feito com a mesma generosidade musical.
Tudo isso funcionou como o início das comemorações do aniversário de 26 anos da JAM no MAM, que nasceu oficialmente em 1993 e hoje soma quase 800 mil espectadores. O projeto reafirma-se como mais que um evento: é um ponto de encontro entre tradição e invenção, onde a música instrumental baiana dialoga com os clássicos do jazz e conquista novas plateias a cada edição.
E a festa não para. As comemorações pelos 26 anos da JAM seguem até o fim de agosto. No dia 30, a recém-nomeada Praça Maestro Letieres Leite receberá o grande saxofonista Leo Gandelman, que fará a jam session junto com a banda Geleia Solar!
A JAM no MAM é uma produção da Huol Criações, com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, através do Ministério da Cultura e da Lei de Incentivo à Cultura. Com o apoio do Instituto do Patrimônio, Artístico e Cultural (IPAC) e do Museu de Arte Moderna da Bahia, cada edição oferece uma experiência completa: comidas, bebidas, vista privilegiada e uma atmosfera que mistura arte, natureza e cultura com um charme absolutamente soteropolitano.
Os ingressos para a JAM de 30/08 começama ser vendidos no dia 16/08 (sábado), às 9h, na plataforma Ingresse. Divulgaremos o link aqui no site da JAM e nas redes @jamnomam. Alé lá, confira o clima da nossa última jam session, com os fabulosos cliques de Lígia Rizerio: