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Arte da JAM no MAM Arte da JAM no MAM

Os destaques da JAM no MAM de 02/09

Desde cedo uma longa fila já se formava na ladeira de acesso do Solar do Unhão para a JAM no MAM do sábado passado (02/09). Mas uma característica chamava atenção: O número significativo de grupos de mulheres chegando na expectativa da abertura da noite. Essa expectativa, aliás, já vinha causando certo burburinho nas redes sociais ao longo da semana, quando foi divulgada a ideia de formar uma banda somente por mulheres para tocar nessa primeira JAM de setembro.

Musicistas das "Minas do MAM" ao lado da produtora da JAM, Cacilda Povoas. Foto Lígia Rizério.

E não era por menos; afinal, foi a primeira vez que a equipe da JAM no MAM resolveu encarar sem medo a falta de representatividade (majoritária) feminina nos palcos em toda a programação musical baiana (brasileira...?) e convocou Lorena Martins, uma das mais assíduas bateristas a tocar nas nossas jam sessions esse ano, a pensar juntas numa solução para começar a reverter esse quadro. A ideia foi exatamente criar uma banda só com mulheres para abrir a noite do sábado passado, antes da banda Geleia Solar entrar em cena.

As "Minas do MAM" (esse foi o nome dado ao grupo do whatsapp criado por elas para se comunicar durante toda a semana) chegaram chegando com Lorena Martins (bateria), Aline Falcão (teclado), Dani Mota (percussão), Jessica Kaline (guitarra), Berta Pitanga (flauta transversal), Gabriela Wara (oboé) e Elaine Batista (baixo).

Público bem perto de Aline Falcão, que não escondia a alegria no rosto - uma tônica da noite inteira! Foto Lígia Rizério.

O repertório incluiu "Autum Leaves" (Johnny Mercer), "Correnteza" (de Tom Jobim, com arranjo de Carol d´Avila), "Bebe" (Hermeto Pascoal), "Não como acarajé, mas sou baiano" (Adson Sodré) e "Blue Bossa" (Kenny Dorham), além de composição de Aline Falcão. O público enorme, atento e afetuoso, presente desde o começo, superou até uma pequena chuva para não perder nem um só acorde gerado nesse encontro. Entre ele estava nomes como Julieta Palmeira, Secretária de Políticas para Mulheres da Bahia, e Alexandre Simões, Superintendente de Promoção Cultural da SecultBA, além de muitos músicos e frequentadores assíduos da JAM no MAM.

A guitarrista Jessica Kaline arrasou em seus solos! Foto Lígia Rizério.

A anfitriã Geleia Solar entrou em cena formada por Pedro Degaud (trombone), André Becker (sax alto), Fernando Miranda (trompete), Tarcísio Santos (guitarra), Bruno Aranha (teclado), Ivan Bastos (baixo), Ivan Huol (bateria) e Gabi Guedes (percussão). Ao longo da noite eles tocaram, entre outras, "Donateado", (Ivan Huol), "Canto de Xangô" (Vinicius de Moraes), "81"(Miles Davis), "Bananeira" (João Donato) e "Chucho" (Paquito D'Rivera), com canjas de Uirá Thiago e Lorena Martins na bateria, e Dani Mota na percussão.

Dani Mota também foi um dos destaques da noite musical da JAM de mulheres! Foto Lígia Rizério.

Voltem, garotas, adoramos cada segundo da noite! E que a experiência traga mais instrumentistas mulheres à JAM e abra os olhos de musicistas, empresárixs, políticxs e do próprio público, pensando cotidianamente em como a representatividade de gêneros deve também ser incentivada em todos os setores da nossa sociedade – inclusive em nossos palcos!

Como sempre, ao longo da noite a jam session misturou todo mundo! Foto Lígia Rizério.

Secretária Julieta Palmeira (no meio) com artistas da JAM no MAM. Foto Lígia Rizério.

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