Os destaques da JAM no MAM de 12/01/2019
Mais uma JAM no MAM concorrida, festejada e cheia de histórias para contar. Mais uma vez música e a dança deram o tom da noite. De quebra, as artes visuais também entraram na gira de uma noite memorável, que começou com um pôr do sol daqueles...!
Mas vamos por partes! Começamos registrando a presença especialíssima na nossa sessão musical da Casa Ninja Bahia, que montou endereço em Salvador (no Porto da Barra, bem em frente ao forte Santa Maria) para conectar lutas, desejos, territórios e afetos. Essa turma incrível está fazendo uma radiografia de muita coisa legal na cidade e incluiu a JAM nesse roteiro incrível – o que, para toda a equipe do projeto, é motivo de muito orgulho!
No palco da JAM, Dríade Aguiar falou da agenda da Casa Ninja Bahia, enquanto outra parte da equipe realizava registros LINDOS na nossa jam session (confira neste link do Instagram da @casaninjabahia).
Vale aqui um parêntesis para a intervenção da dança e das artes visuais com a música da JAM. Rolou mais uma edição da “Dança na JAM” (a segunda este ano), propondo a interação entre as linguagens da dança e da música dentro da JAM no MAM. Clara Garcia, Claudio Machado, Clara Trigo e Duda dos Anjos encabeçaram um grupo de artistas incríveis que utilizaram o movimento de seus corpos numa composição coletiva e improvisada. No palco montado ao lado da Geleia Solar, acabaram fazendo muita gente do público entrar em cena! Neste espaço, aliás, uma obra do artista Ray Vianna marcava presença: uma onda de pôr do sol presenteada à JAM para interagir com a cenografia do projeto!
No que diz respeito à música, nesta edição tivemos a participação de Nino Bezerra e sexteto, na abertura da noite. Nino apresentou seu baixo e contra-baixo em canções de sua autoria, com exceção à música “Artur e o Gigante”, de William Magalhães, numa emocionada homenagem ao baixista Arturzinho Maia. Num contexto sempre difícil em que canções autorais são apresentadas pela primeira vez à plateia, Nino e seu sexteto conquistaram uma merecida atenção do público, com direito até a “solo de zabumba” no corpo do contra-baixo, na canção “Boneco de Barro”. Afinal, ele já foi zabumbeiro de ofício e de direito...!
Fazendo a transição com o show de abertura, a banda Geleia Solar engatou “Trilhos Urbanos”, de Caetano Veloso, que foi tocada a partir de uma levada em sete tempos, com Felipe Guedes, nosso clarinetista da noite (!), fazendo a bateria junto a Ivan Huol (à quatro mãos, quer dizer, com duas baterias no palco).
Gabi Guedes, pra variar, foi um dos grandes destaques da noite, carregando o samba nas congas, na canção do grupo Cama de Gato, Melancia, de Rique Pantoja, em mais uma homenagem a Arturzinho Maia – uma sugestão de André Becker, nosso saxofonista.
A noite seguiu com muitas canjas, muitos músicos ávidos por participar. Numa noite concorrida, Ivan Bastos, baixista titular da Geleia Solar, só teve espaço para tocar a última canção da noite, e com Nino Bezerra, em uma versão de dois baixos elétricos. Foi uma linda guinada intimista, com “Wave”, de Tom Jobim, instigando o “corpo de baile” da Dança no MAM a invadir o palco.
Aqui, vale até uma lembrança: o tempo tem sido curto para tantas demandas e desejos, com muitos músicos desejosos em participar e com um público incrível pedindo “mais um! mais um...!”. isso Em três horas e meia de muita música e calor humano nem sempre tem sido possível incluir todos no processo!
Mas como ninguém solta a mão de ninguém, nesse momento delicado da nossa história, seguimos criando e fazendo arte, redescobrindo possibilidades de acesso/afeto! Anote aí: nossas próximas JAMs confirmadas serão no dia 26 de janeiro, e nos dias 09 e 16 de fevereiro!


